Na próxima quinta-feira (15), completa um mês da aprovação da Câmara Municipal de Manaus (CMM) da liberação para que a prefeitura de Manaus integre o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras, da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), para a aquisição de imunizantes contra o novo coronavírus e insumos para combater a pandemia. Nenhuma dose foi comprada até hoje. Porém, neste domingo (11/04), em entrevista concedida aos veículos de imprensa norte-americanos ‘Public Broadcasting Service’ (PBS-TV) e ‘The New York Times’, o prefeito David Almeida (Avante) disse que já planeja uma festa para celebrar a vida, em Manaus, com o cantor Bono Vox, do U2.
O chefe do executivo municipal afirmou que o evento serviria para atrair os olhos do mundo para as coisas boas da cidade e da população. “Passamos por momentos muito difíceis. Somos uma cidade no meio da floresta com mais de 2,2 milhões de habitantes. Então, quando tudo isso passar, nós queremos fazer uma celebração na nossa cidade. Celebração da vida, alegria e torcendo para que tenhamos dias melhores na nossa cidade. Sonho que um dia nós possamos celebrar isso aqui, para que o mundo olhe para cá com uma grande celebração e nós vamos em busca do apoio do Bono Vox”, disse.
Ao ser questionado sobre o pico da doença que atingiu Manaus no início deste ano, David Almeida enfatizou que um dos principais motivos que contribuíram para a propagação do novo coronavírus foi a pouca adesão que os decretos de distanciamento tiveram na cidade, principalmente durante as festas de fim de ano.
“As pessoas não aderiram aos decretos de distanciamento. O que aconteceu foi que no final do ano passado, questões políticas atrapalharam muito o combate à Covid-19. A desobediência civil aos decretos instituídos pelo governo do Estado, de distanciamento, influenciou no agravamento da doença no Estado e pagamos um preço muito caro, muito dolorido, com o avanço da segunda onda de novos casos”, ressaltou Almeida.
Outro ponto discutido durante a entrevista foi o isolamento geográfico de Manaus, em relação ao resto do país.
“Esse vírus colocou de joelhos todo o sistema de saúde do mundo e aqui se agravou muito em função da nossa distância. Somos uma cidade dentro de uma floresta e isso dificulta devido a nossa geografia e a distância dos grandes centros do nosso país. Temos que obedecer a ciência, as orientações médicas, para que possamos diminuir essa proliferação”, disse o prefeito.
Da redação com informações da Assessoria
Foto: Ruan Souza / Semcom