Em janeiro deste ano, completou dois anos que a Caixa cortou o patrocínio que mantinha nas camisas de times do futebol Brasileiro. A última vez foi em 2018, quando os repasses superaram R$ 190 milhões para 25 times, segundo o jornal Folha de São Paulo. De 2012 a 2018, o banco pagou quase R$ 724 milhões para estampar sua marca nos uniformes de 35 equipes, conforme levantamento do jornalista Cassio Zirpoli.
O corte nos repasses aconteceu uma semana após a posse de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil. Durante a cerimônia de posse de Pedro Guimarães, como presidente da Caixa, no dia 07 de janeiro, o ministro da economia, Paulo Guedes, disse que era “possível fazer coisas cem vezes melhores com menos recursos do que gastar com publicidade em times de futebol”.
Naquele mesmo dia, Paulo Guedes citou que: “existe Caixa-barco. São dois barcos fundamentais para cidadania. Tem pessoas que não tem quase o que comer. Se não tiver esse Caixa-barco, ele está isolado da sociedade. Então, por que só dois barcos? Enquanto você investiu centenas de milhões de reais com clubes de futebol”.
De lá para cá, nenhuma nova agência-barco foi colocada à disposição da população. Continuam disponíveis ainda apenas as embarcações Chico Mendes e Ilha do Marajó, compradas em 2010 e 2014, respectivamente.
Ao decidir não renovar os patrocínios com os clubes, a Caixa não informou oficialmente o motivo.
A Rádio Rio Mar entrou em contato com Caixa, por e-mail, nos dias 15, 16 e 24, e por telefone, nos dias 16,17 e 18, para perguntar qual é a destinação atual deste dinheiro, mas não houve resposta em nenhuma das tentativas.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Anderson Riedel/PR