A conclusão dos estudos clínicos realizados pela Samel com o uso do medicamento Proxalutamida no tratamento da Covid-19 é promissora.
Ao todo, 590 pacientes finalizaram o estudo e 294 fizeram uso do remédio por duas semanas, com um comprimido por dia. 296 utilizaram placebo. A pesquisa foi realizada em 12 municípios e 15 hospitais no Brasil, a maioria no Estado do Amazonas.
Participaram pacientes hospitalizados por Covid-19 de qualquer idade acima de 18 anos, com saturação de oxigênio abaixo de 90%. Todos precisavam obrigatoriamente de oxigênio e tinham entre 25% e 50% dos pulmões acometidos e não deveriam ter disfunções no fígado e nos rins. Pouco mais da metade dos voluntários era homem com idade média de 53 anos.
As análises e acompanhamento dos pacientes começaram no início de fevereiro e os resultados apontam que a Proxalutamida reduziu em 92% o índice de mortalidade dos pacientes. Do grupo que tomou o placebo, 47% morreram e para os pacientes que tomaram o medicamento a taxa de mortalidade ficou em 3,7%.
O tempo em que a pessoa ficou no hospital caiu quase três vezes, passando de 14 para 5 dias e a necessidade de ser hospitalizado também caiu três vezes.
A queda na necessidade de intubação foi de 60%. Após o tempo de estudo, 33% dos pacientes que não tomaram o medicamento não precisavam mais de oxigênio e 92,5% dos que tomaram o remédio já não precisavam mais do insumo.
Outro dado é que o tempo médio que o paciente leva para ter uma melhora no quadro de saúde foi de 3 dias, enquanto os pacientes que tomaram o placebo demoraram 19 dias.
O medicamento ainda não é comercializado no Brasil e é derivado de outros remédios já utilizados para o tratamento do câncer de próstata.
Da redação da Rádio Rio Mar