Um ano e seis meses é o prazo para o presídio federal de segurança máxima que vai ser construído no município de Iranduba (a 27 quilômetros a sudoeste de Manaus) ser entregue pelo governo federal. A estimativa foi dada ontem,08, pelo superintendente de Patrimônio da União no Amazonas, Alessandro Cohen, em reunião que definiu o repasse de 51 hectares de terras do Estado para a União. Segundo ele, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) tem urgência e planeja iniciar a obra até fevereiro do ano que vem.
O prefeito de Iranduba, Francisco Gomes da Silva, conhecido como Chico Doido, disse que a preocupação dele e da câmara de vereadores é, a partir de agora, convencer a população de que a construção do presídio é benéfica.
O Ministério Público do Amazonas, por outro lado, não considera a construção benéfica. O procurador-geral de justiça do Amazonas, Fábio Monteiro, disse, ontem, que o fato de o Estado integrar uma rota internacional de tráfico de drogas, a unidade prisional pode acabar aproximando criminosos e facilitando a comunicação entre eles.
A unidade prisional federal tem custo de R$ 45 milhões, que já está disponível no orçamento de 2018 do Ministério da Justiça. A área usada em Iranduba vai ser de 120 hectares. A projeção dos órgãos que compõe o grupo de trabalho é de que sejam criados até 500 empregos durante a obra e mil após a conclusão.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Bruno Elander