Serviços crescem 2,6% em julho, mas setor ainda não recuperou as perdas entre fevereiro e maio

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira, dados da Pesquisa Mensal de Serviços que apontam que apesar do crescimento do setor de serviços de 2,6% em julho, na comparação com o mês anterior, e o ganho acumulado de 7,9% após a taxa positiva de junho, o setor ainda não recuperou as perdas entre fevereiro e maio.

Comparado com julho de 2019, a queda é de 11,9%, quinta taxa negativa. No acumulado do ano, o recuo é de 8,9% e em doze meses, o volume de serviços caiu 4,5%.

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, os efeitos da pandemia de Covid-19 foram sentidos entre março e maio. Ainda segundo ele, a recuperação mais lenta do setor de serviços, em comparação com a indústria e o comércio, se deve à forma heterogênea do setor, além do peso grande, de 70%, que representa na economia, sendo responsável por cerca de 30% do Produto Interno Bruto e muitas atividades envolverem atendimento presencial.

O crescimento foi verificado em quatro das cinco atividades analisadas pelo Instituto. Os destaques foram os serviços de informação e comunicação, que aumentaram 2,2% e acumulam ganho de 6,4% em junho e julho, sem, no entanto, superar as perdas de 9,2% dos cinco primeiros meses do ano.

Os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceram 2,3% em julho, com acumulado de 14,4% desde maio, depois de cair 25,2% entre março e abril. O resultado decorre do transporte rodoviário de carga, com o aumento de demanda por logística.

Também tiveram aumento os serviços profissionais, administrativos e complementares, com ganho de 4% desde junho após queda de 17,4% entre fevereiro e maio.

Das 27 unidades da federação, 20 apresentaram alta nos serviços em julho, na comparação com junho. Os principais aumentos foram em São Paulo e Rio de Janeiro. As maiores quedas foram no Ceará e na Bahia.

Da redação da Rádio Rio Mar

Foto: Agência Brasil