O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal cumprem, na manhã desta terça-feira, mandados de prisão temporária contra oito pessoas, além de buscas e apreensões em 14 endereços de pessoas ligadas ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), durante Operação Sangria.
As medidas foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e incluem o bloqueio de bens no valor de R$ 2,976 milhões, de 13 pessoas físicas e jurídicas. Wilson Lima também é alvo de buscas e bloqueio de bens.
A investigação apura a atuação de uma organização criminosa instalada no governo do Estado para desviar recursos públicos destinados a atender as necessidades da pandemia de covid-19.
Com a participação direta do governador, foram identificadas compras superfaturadas de respiradores, direcionamento na contratação de empresa, lavagem de dinheiro e montagem de processos para encobrir os crimes praticados.
De acordo com a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, as investigações permitiram, até o momento, “evidenciar que se está diante da atuação de uma verdadeira organização criminosa que, instalada nas estruturas estatais do governo do Amazonas, serve-se da situação de calamidade provocada pela pandemia de covid-19 para obter ganhos financeiros ilícitos, em prejuízo do erário e do atendimento adequado à saúde da população”.
Por meio de nota, O Governo do Amazonas informa que aguarda o desenrolar e informações mais detalhadas da operação para, depois, se pronunciar sobre a ação. Ainda segundo o comunicado, o governador Wilson Lima, que estava em Brasília para cumprir agenda de trabalho, está retornando para Manaus.
Fonte: MPF
Foto: Secom