A população do Amazonas é formada por 50,2% de mulheres e 49,8 de homens, segundo o IBGE. Em se tratando dos impactos da pandemia de coronavírus no Estado, morrem duas vezes mais homens do que mulheres. Isso é o que aponta o último relatório de Situação Epidemiológica de COVID-19 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas), divulgado no fim de semana.
Para cada mulher que perde a vida em decorrência da doença, há pelo menos dois óbitos de homens. A distribuição por gênero, entre as vítimas fatais, é de 68% homens e 32% mulheres.
O relatório semanal, que é o sétimo desde o primeiro registro de Covid-19 no Amazonas, no dia 13 de março, mostra que em todos os quesitos, os homens são os que mais se contaminam, apesar de não serem nem 50% da população no Estado.
Entre os casos confirmados, 70% são de pessoas entre 20 e 59 anos. Os homens correspondem a 52,6%. E entre pacientes que evoluem para estado grave, 64,6% são do sexo masculino.
O epidemiologista da Sala de Situação da Saúde da FVS, Vanderson Sampaio afirma que a maior faixa de contágio está justamente na população economicamente ativa.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, em condições iguais de acesso a serviços, os homens se cuidam menos do que as mulheres.
O boletim da FVS informa ainda que o tempo médio entre o início de sintomas e o óbito por COVID-19 tem sido de 10 dias. Do total de mortes, 5% ocorreram nas primeiras 48 horas após a data do início de sintomas. E os sintomas mais comuns apresentados por mais de 90% dos pacientes foram tosse e febre, seguidos de dispneia e desconforto respiratório (em 83% dos relatos), dor de garganta (em 50%), diarreia (mais de 17%), vômito (9,5%), coriza (2%) e congestão nasal (menos de meio porcento).
Bruno Elander -Rádio Rio Mar
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