Até março deste ano, foram registrados 11.848 casos de malária no Amazonas, o que representa uma redução de 14% quando comparado ao mesmo período de 2019, que registrou 12.038 casos. Os dados forma divulgados no último sábado, 25, pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
Para a diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, a malária permanece como um grande problema de saúde pública a ser enfrentado pelo Brasil e Amazonas. “Manter a redução dos números de casos da doença é um desafio constante na região amazônica e em meio a pandemia pelo novo coronavírus”, salientou.
De acordo com o diretor técnico da FVS, Cristiano Fernandes, a malária não deixa de ser prioridade no órgão. “As ações não foram interrompidas, apesar do enfrentamento da Covid-19, a FVS mantém junto aos municípios, o abastecimento por meio de insumos estratégicos”, acrescentou.
O chefe de Departamento de Vigilância Ambiental da FVS, Elder Figueira, ressalta que o controle da endemia precisa ser contínuo e diferenciado. “A FVS possui a maior rede de laboratórios de malária do Brasil. Ao todo, contamos com mais de 1.033 postos laboratoriais, com microscopistas treinados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS), o que permite o diagnóstico e o tratamento precoce da doença”, destacou.
Prioritários
Cerca de 80% dos casos de malária, no Amazonas, são oriundos de 18 municípios. Até março de 2020, foram registrados 11.848 casos da doença, oriundos de São Gabriel da Cachoeira (2.632 casos), Manaus (1.362 casos), Santa Isabel do Rio Negro (816 casos), Barcelos (740 casos), Carauari (482 casos), Lábrea (468 casos), Tapauá (417 casos), Coari (412 casos), Tefé (370 casos), Ipixuna (261 casos), Presidente Figueiredo (231 casos), Itacoatiara (209 casos), Guajará (204 casos), Atalaia do Norte (187 casos), Humaitá (165 casos), Rio Preto da Eva (158 casos), Alvarães (70 casos) e Tabatinga (15 casos).
Prevenção
A melhor forma de prevenção da malária é evitar a picada do mosquito e adotar medidas protetivas individuais, como usar repelentes, calças e camisas de manga longa, evitar a permanência em igarapés no período de fim de tarde e início da noite, horário em que o mosquito é mais ativo para se alimentar. Outra estratégia é aplicar inseticidas residuais nas paredes dos imóveis, localizados em áreas de transmissão ativa, e uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas.
Com informações da Assessoria
Foto: Divulgação/FVS