Depois de subir para 10%, entre julho e dezembro do ano passado, a alíquota Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre concentrados, usados na fabricação de bebidas, o presidente Jair Bolsonaro decidiu obedecer ao decreto assinado pelo antecessor Michel Temer, em maio de 2018, a vai manter a taxa em 4%.
A medida afeta diretamente a produção de refrigerantes do Polo Industrial de Manaus, que tem 67 empresas. Isso porque, ao reduzir o imposto, o governo federal também diminui a vantagem de se produzir no Amazonas, pois o incentivo fiscal é proporcional a alíquota do IPI.
Segundo deputado federal Marcelo Ramos (PL), o prejuízo para o setor de bebidas do Polo Industrial de Manaus é alto. O Deputado Federal José Ricardo (PT) disse que o presidente Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes traíram o Amazonas e não honraram o que apalavraram com o Estado e a bancada de parlamentares.
Wilker Barreto, que é o presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Zona Franca, acusa o ministro da economia, Paulo Guedes, de ser defensor dos interesses do Sudeste do País. Já Serafim Correa classifica a redução de alíquota como mais uma apunhalada do governo federal contra a Zona Franca de Manaus.
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Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/Suframa