Após três meses da assinatura de um termo de compromisso para proibição de extração de madeira da área do Rio Urupadi, igarapé do Pedreiro, próximo a comunidade Nova Betel, em Maués, madeireiros voltaram a agir ilegalmente. As denúncias são dos comunitários da região. Segundo a Articulação pela Convivência com Amazônia (ARCA), cerca de 40 homens voltaram a derrubar árvores e transportar as toras de madeira pelo ramal do Rio Maués-Mirim em direção ao Rio Urupadi.
Conforme a advogada Marcia Dias, que integra a assessoria jurídica do deputado federal José Ricardo (PT), que recebeu as primeiras denúncias no ano passado, quando ainda era deputado estadual, uma ação com diversos órgãos federais, municipais, estaduais e da sociedade civil foi realizada no mês de junho deste ano.
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A advogada lembra que o termo determinava a sustação de qualquer licença do município de Maués para a extração de madeira naquela região, porque as comunidades não haviam sido consultadas, como determina a lei.
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Marcia Dias afirma que, no momento, com base nas denúncias recebidas, a principal preocupação é evitar conflitos, inclusive com mortes, porque a população está revoltada e os madeireiros não medem esforços fazer a extração ilegal.
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Segundo a advogada, tanto o Ministério Público Estadual (MPE) quanto o Federal (MPF) receberam as denúncias, porém, no estadual a representação não teve progresso, enquanto no MPF ela tramita em duas procuradorias diferentes. Nós solicitamos ao Ministério Público Federal entrevista com algum dos procuradores da república que acompanham o caso, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta edição.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar