Mais de R$ 1 milhão em bens são bloqueados em operação contra desvios na saúde

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 16 de outubro, a Operação Metástase, segunda fase da “Jogo Marcado”, para desarticular um esquema de fraude e direcionamento em contratos da saúde pública estadual.

A operação cumpre 101 mandados judiciais em Manaus e Joinville (SC), incluindo três de prisão preventiva, 27 de busca e apreensão, e sete de afastamento de função pública. O Poder Judiciário também determinou o bloqueio de R$ 1.014.892,65 em bens e valores, explica o titular da 77ª Prodeppp, o  promotor, Edinaldo Aquino Medeiros.

Conduzida pela 77ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa e Proteção do Patrimônio Público (Prodeppp) com apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), a investigação apura a participação de agentes públicos e empresários em crimes como corrupção, fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Entre as unidades de saúde investigadas estão a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) e as maternidades Balbina Mestrinho e Dona Nazira Daou. O MPAM informou que o nome “Metástase” faz alusão à expansão do esquema criminoso por diferentes órgãos e unidades de saúde, estendendo-se além da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) José Rodrigues, alvo da primeira fase em julho do ano passado.

A operação conta com o apoio da Polícia Civil do Amazonas, Controladoria-Geral da União (CGU) e o Gaeco de Santa Catarina. Até o momento, seis pessoas foram afastadas de suas funções no serviço público.

Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar