O serviço de perícia médica do INSS deixou de ser disponibilizado no município de Eirunepé, no sudoeste do Amazonas. Distante 2.417 quilômetros por via fluvial, única ligação a Manaus, prejudica o atendimento na capital.
Nas últimas duas semanas, 25 pessoas procuraram a Defensoria Pública do Amazonas para relatarem dificuldades quanto à realização do procedimento e o risco de perder direitos como pensões e aposentadorias, além de auxílios como o de incapacidade temporária e Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS).
Até o momento, ao menos um assistido chegou a ter o benefício suspenso. O defensor público Kleber Luiz Miyasato explica que a situação se agrava por conta de questões logísticas.
Atualmente, os agendamentos do INSS estão sendo redirecionados para outros estados: a maioria, para a agência de Cruzeiro do Sul, no Acre. Porém, um dos beneficiários, que está acamado, foi agendado para Macaé, no Rio de Janeiro.
Nesta semana, um documento elaborado pela Defensoria Pública enviado ao INSS, destacou a impossibilidade dos assistidos buscarem outras cidades e estados para a realização da perícia médica.
Entre os questionamentos, o ofício pede informações “sobre o fluxo atual de agendamento de perícias médicas em Eirunepé/AM e previsão para o retorno da realização desses exames na localidade” além do “detalhamento dos casos em que a suspensão decorreu do não comparecimento à perícia marcada fora do município”. O INSS possui um prazo de até 10 dias para responder aos questionamentos.
Rádio Rio Mar
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