
Pontificado do Papa Francisco é marcado pela defesa dos migrantes e refugiados
Desde o início de seu pontificado em 2013, o Papa Francisco colocou a defesa dos migrantes e refugiados no centro de sua missão pastoral e social. O primeiro gesto simbólico foi a visita à ilha de Lampedusa, na Itália, um dos principais pontos de entrada de migrantes na Europa, onde celebrou missa em memória dos que perderam a vida tentando atravessar o Mediterrâneo.
Ao longo dos anos, o Papa reforçou seus discursos, documentos e viagens internacionais, sempre clamando por acolhimento, integração e respeito à dignidade dos migrantes. Para a coordenadora da Pastoral dos Migrantes da Arquidiocese de Manaus, e religiosa Scalabriniana, Irmã Carmem Granda, o Papa foi fundamental na luta da questão migratória.
Em Manaus a realidade migratória é presente há anos, em especial com a chegada dos Haitianos, seguida dos venezuelanos. A pastoral que atua há mais de 30 anos, desenvolve serviços de atendimento social, integração e inclusão no mercado de trabalho, inclusive com uma fábrica de picolé, desde 2014, na Paróquia São Geraldo.
O papa criticou abertamente as políticas de fechamento de fronteiras e a criminalização da migração, ressaltando que o medo do “outro” não deve prevalecer sobre os valores da solidariedade e da compaixão. A Encíclica *Fratelli Tutti* (2020) é um exemplo claro dessa visão, onde Francisco propõe uma fraternidade aberta, sem fronteiras.
A Amazônia é um grande corredor migratório e, o desenvolvimento local das cidades reflete este fenômeno social em variados segmentos da sociedade. Na América Latina, a Amazônia é a área que concentra a maior mobilidade interna e internacional da região.
Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar