Nos últimos anos, os rios do Amazonas enfrentaram secas intensas com as principais calhas registrando níveis mínimos históricos. A baixa no volume das águas provoca um efeito dominó e afeta o transporte e abastecimento das cidades, comprometendo ecossistemas, a segurança alimentar e as atividades, como o manejo sustentável do pirarucu.
Diante deste cenário, o Coletivo do Pirarucu enviou uma carta aberta a órgãos federais e superintendências regionais, na qual pedem ações urgentes para mitigar os prejuízos causados pela forte estiagem, como explica o presidente do Instituto Juruá, João Vitor Campos.
Dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) mostram que durante a seca extrema de 2023, os manejadores deixaram de pescar cerca de 30% da cota autorizada pelo órgão, ocasionando a perda de uma receita aproximada de R$10 milhões de reais.
Na carta, os representantes das organizações manejadoras, instituições de assessoria técnica e de apoio nos diversos territórios onde ocorre o manejo do pirarucu, solicitam diversas ações.
A carta aberta do Coletivo Pirarucu foi enviada aos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, da Pesca e Aquicultura, e ao Ibama. O documento representa um chamado urgente para garantir a continuidade do manejo sustentável do pirarucu e, ao mesmo tempo, proteger os direitos, o conhecimento tradicional e a biodiversidade da Amazônia.
Rádio Rio Mar
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