Esta é a terceira vez que os vestígios de civilizações antigas aparecem devido à seca dos rios. As informações são do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que apresentou um Plano de Ações Integradas do Patrimônio Arqueológico do Amazonas.
O lançamento do plano ocorreu na sede do Instituto Soka Amazônia, uma organização vizinha ao sítio Ponta das Lajes, que atua na conservação da Reserva Particular de Patrimônio Natural.
Outras aparições das imagens gravadas em rochas ou pedras, que podem representar figuras humanas, formas geométricas ou cenas da vida cotidiana de culturas antigas, ocorreram em 2010 e no ano passado, também devido à seca extrema dos rios. A superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Calheiro, ressaltou que o Plano de Ação do Patrimônio Arqueológico é dividido em quatro eixos.
A superintendente destacou que todos os bens arqueológicos pertencem à União, sendo que a legislação veda qualquer tipo de aproveitamento econômico de artefatos arqueológicos, assim como sua destruição e mutilação.
Com cronologia estimada entre mil e dois mil anos atrás, o sítio Ponta das Lajes possui blocos rochosos nos quais há registros rupestres que representam figuras humanas. Em sua maioria, as representações são de rostos, que a comunidade local chama popularmente de “caretas”, mas há também gravuras e uma área de oficina lítica com marcas de amoladores.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar