Relatório do CIMI revela crescimento no número de conflitos

Relatório de Violência contra os Povos Indígenas no Brasil revela crescimento no número de conflitos territoriais

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) divulgou seu mais recente Relatório de Violência contra os Povos Indígenas no Brasil. O documento, que abrange dados coletados em 2023, revela uma realidade alarmante enfrentada pelas comunidades indígenas em todo o país.

O relatório aponta um crescimento significativo no número de conflitos territoriais, assassinatos, invasões de terras, desmatamento ilegal e outras formas de agressão contra as populações indígenas.

Esses atos de violência estão diretamente ligados ao avanço de projetos de mineração, agronegócio e outras atividades econômicas que buscam explorar as riquezas naturais das terras indígenas, destaca o Presidente do CIMI e Arcebispo de Manaus, Cardeal Leonardo Steiner.

De acordo com o CIMI, o número de assassinatos de indígenas aumentou em 20% em relação ao ano anterior, com várias lideranças sendo alvo de ataques em decorrência de sua atuação em defesa de seus territórios. Além disso, o relatório documenta um aumento nas invasões de terras indígenas, que cresceram 30% no mesmo período.

A liderança Avá-Guarani do tekoha Y’Hovy, na TI Tekoha Guasu Guavirá, no oeste do Paraná, Vilma Vera, apresenta as principais causas sofridas pelo seu povo, em especial, mulheres e crianças.

Durante o lançamento, as lideranças criticaram a atuação do governo federal, acusando-o de negligência e de implementar políticas que favorecem a exploração econômica das terras indígenas. A organização defende a necessidade urgente de medidas efetivas para proteger os povos indígenas e garantir a demarcação e a proteção de suas terras.

Veja o Relatório de Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, abaixo:

relatorio-violencia-povos-indigenas-2023-cimi

Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar