Uma das novas tecnologias desenvolvidas pela Universidade do Estado do Amazonas é o recém-lançado Sistema de Previsão de Secas e Enchentes, gerido pelo Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre (Labclim) da Escola Superior de Tecnologia. O novo sistema, com uma base de dados totalmente adaptada à realidade amazônica, é capaz de monitorar o nível dos rios com três meses de antecedência.
Inicialmente, o projeto monitora o rio Madeira, principal hidrovia usada no escoamento da produção e insumos do Polo Industrial de Manaus (PIM). A iniciativa conta com financiamento das Fundações de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) e de São Paulo (Fapesp), com apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O aplicativo Selva também está em aprimoramento pela UEA. Ele monitora a qualidade do ar e focos de queimadas em Manaus, para abranger todos os municípios do interior.
De acordo com o vice-governador, a ferramenta poderá ser incorporada aos sistemas de monitoramento da Defesa Civil do Estado e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Para Tadeu de Souza, a gama de inovações tecnológicas produzidas pelos pesquisadores da EST/UEA fortalecem as áreas de ciência e inovação.
Os cientistas desenvolveram projetos de monitoramento da floresta e das águas com ajuda de inteligência artificial, batizados de Curupira e Yara. Os estudos propõem a instalação de sensores e estações que devem permitir um monitoramento mais preciso da região a um custo inferior aos modelos atuais.
Tais tecnologias, produzidas pela Escola Superior de Tecnologia, voltadas ao enfrentamento dos eventos climáticos extremos, foram apresentados durante encontro com líderes do governo do Estado. Na ocasião foram identificadas soluções, com baixo custo, já aptas a entrar em operação e orientações às ações governamentais diante da previsão de estiagem intensa no segundo semestre deste ano.
Rádio Rio Mar
Foto: Ricardo Machado / Secretaria-geral da Vice-governadoria