A BR-319 completa 48 anos, nesta quarta-feira e, atualmente, está completamente trafegável, apesar do período chuvoso e de não estar asfaltada em grande parte (405 quilômetros). Sem contar também as travessias de balsa ao longo da rodovia. E para manter as condições mínimas de trafegabilidade, a superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Amazonas contratou uma empresa para apoio a operação de controle de tráfego.
O presidente da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, André Marsílio, afirma que essa é a primeira vez que a rodovia fica completamente trafegável no auge do período chuvoso, em março.
O controle e fiscalização, inclusive, é uma cobrança dos usuários da estrada. O contrato do Dnit com é com a empresa Maia Melo Engenharia e tem valor de R$ 6,080 milhões. A duração dos serviços está estipulada até 25 de março de 2026.
Através da contratação, a empresa prestará apoio com pontos de controle, previamente definidos pela superintendência regional do Dnit no Amazonas, incluindo instalação provisória de container e de dispositivos de sinalização, a fim de garantir maior grau de segurança ao fluxo de usuários na rodovia.
André Marsílio lembra que o controle é, inclusive, uma condicionante exigida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para a concessão de licenciamento ambiental e liberação do reasfaltamento dos 405 quilômetros do ‘trecho do meio’.
Histórico
A BR-319 foi inaugurada oficialmente em 27 de março de 1976, a rodovia federal que liga Manaus, capital do Amazonas, a Porto Velho, capital de Rondônia, possui uma extensão de 885 km, dos quais cerca de 820 no estado do Amazonas e 64 em Rondônia.
A importância da malha rodoviária brasileira para a economia e o desenvolvimento do país é indiscutível. Como modo básico de transporte e distribuição da maior parte da produção e mercadorias, bem como a circulação e transferência de passageiros, as rodovias devem apresentar condições adequadas de uso, com qualidade, conforto e segurança.
Planejada para garantir a integração territorial do Amazonas, a BR-319 reduz e otimiza o tempo de deslocamento entre as duas capitais. Também garante o desenvolvimento econômico e social a várias cidades amazônicas, tais como: Humaitá, Lábrea e Manicoré (no sul do Amazonas), e também Careiro, Manaquiri, Autazes e Careiro da Várzea (no norte do Amazonas). A rodovia é fundamental para o escoamento de produtos agropecuários da região, bem como da produção industrial da Zona Franca de Manaus, além de garantir o deslocamento de profissionais de órgãos de controle e fiscalização, objetivando a intensificação do combate aos crimes ambientais e ao desmatamento na Amazônia.
Assim, expectativa de ganhos sociais, econômicos e logísticos com as ações de manutenção e pavimentação da rodovia, integrando e desenvolvendo comunidades e regiões amazônicas, caminha lado a lado com os cuidados para a preservação do meio ambiente no entorno da BR-319.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar e DNIT/AM
|Foto: PRF