Após um ano e meio de duração e sucessivos recordes de temperatura batidos, o fenômeno El Niño deve se despedir no segundo semestre e dar lugar ao La Niña ainda neste ano. De acordo com especialistas, a versão mais fria do fenômeno climático deve passar a vigorar entre julho e setembro deste ano. Mas segundo a Meteorologista, Desirée Brandt, mesmo perdendo força, o El Niño ainda vai trazer consequências até a metade desse ano.
O El Niño ocorre com intervalos de dois a sete anos, e se caracteriza pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico na região do Equador. Isso causa a interrupção dos padrões de circulação das correntes marítimas e massas de ar, o que leva a consequências distintas ao redor do mundo. Por isso, tivemos um atraso no período chuvoso na região amazônica, explica a especialista.
Na semana passada, um relatório do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) indicou que, apesar de El Niño estar classificado atualmente como forte, a intensidade do fenômeno deve mudar de moderado para fraco nos próximos meses, com possibilidade de formação do La Niña a partir do mês de junho.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
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