A região amazônica concentra 99% dos casos de malária no Brasil, segundo lavamento da Fundação Osvaldo Cruz. Segundo os pesquisadores, a fragilidade no combate ocorre especialmente nas áreas tropicais, onde os sistemas de saúde e as condições socioeconômicas mantêm a vulnerabilidade para a transmissão da doença. Agora, os pesquisadores da Fiocruz investigam se em cidades banhadas por Rios de águas escuras influenciam na incidência da malária. Essa sugestão circula no meio científico há pelo menos quatro décadas. Os primeiros passos da pesquisa científica, mostram que as águas escuras pode ter relação com a proliferação do mosquito Anopheles, transmissor da malária, como explica Jansem Orellana, que é pesquisador da Fiocruz no Amazonas.
O período de análise da pesquisa, acumulam dados coletados em toda região amazônica, onde há rios de águas escuras. O cenário epidemiológico da malária também serve de base para as análises dos pesquisadores. Em 2023, já foram registrados mais de 121 mil casos de malária na região. No Amazonas, os dois de municípios com a maior incidência da doença são São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, as duas cidades banhadas pelo Rio Negro, que tem as águas escuras. Diante desse cenário, o cientista Jansem Orellana diz que os dados comprovados na pesquisa, já podem servir de base no combate à malária em toda a região.
O pesquisador enfatiza que a eliminação da malária é possível, mas que para atingi-la é necessário um plano de médio e longo prazo com estratégias que levem em consideração, estudos como esses que mostram o comportamento do mosquito transmissor da doença.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
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