Aproximadamente 500 hectares de terras foram desmatados ilegalmente em apenas nove dias de dezembro, em Autazes e Manaquiri, conforme flagrantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Amazonas.
Conforme o Ibama, a Operação Dríade, que começou no último dia 03 de dezembro, aplicou nove multas que ultrapassam o valor de R$ 1,3 milhão. Também houve apreensão de equipamentos e ferramentas utilizados para desmatar com uso do fogo, como motosserras e combustível.
O superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, afirma que os esforços se concentram às margens da BR-319.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas teve 799 focos de queimadas em novembro de 2023, o que representa uma redução de 16,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O Estado ainda teve queda de 86 quilômetros quadrados para menos de 14 km² desmatados no mês. Ou seja, uma queda de 83,8% em novembro.
Contudo, Autazes ainda é o sétimo município amazonense com maior índice de queimadas e derrubada de florestas. Os seis primeiros da lista estão localizados no sul do Estado, que concentra 55% dos focos de calor.
Boa parte da circunscrição de Autazes possui terras indígenas (T.I.) homologadas e em processo de demarcação ou estudo e sofre pressão da atividade agropecuária, com a retirada da vegetação nativa para abertura de novas áreas de pastagem. A pecuária, muitas vezes, é realizada sem o licenciamento ambiental exigido por lei e, também, pode gerar multa ao infrator, segundo o Ibama.
Além das multas, mais de 462 hectares de área degradada foram embargados para promover a regeneração natural. A supressão vegetal e o uso do fogo sem licença ambiental podem resultar em autuações de até R$ 7.500,00 por hectare.
Da Redação
Bruno Elander – Rádio Rio Mar