Após ficarem mais baratas e alegrarem os amantes de churrasco ao longo dos nove primeiros meses de 2023, o preço das carnes voltou a subir em outubro (+0,53%). No mês, a picanha (+2,91%) e o contrafilé (+1,94%), escolhas tradicionais para os festejos, foram os cortes que lideraram a alta dos preços.
Mesmo com a variação positiva, o preço das carnes acumula queda de 11,08% desde dezembro. No período, todos os cortes ficaram mais baratos, com destaque para o fígado (-18,39), o filé-mignon (-15,66%) e a alcatra (-13,57%), segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ).
Em outubro, os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também mostram variações positivas do preço do patinho (+1,7%), da capa de filé (+1,32%), da alcatra (+1,19%), do chã de dentro (+0,88%), do filé-mignon (+0,6%), da carne de porco (+0,57%), da carne de carneiro (+0,38%), do acém (+0,3%) e do lagarto comum (+0,23%).
Por outro lado, o fígado (-4,58%), o cupim (-2,91%), o lagarto redondo (-2,34%), a pá (-1,26%), a costela (-0,89%), o peito (-0,76%) e o músculo (-0,47%) mantiveram a tendência de baixa e impediram uma alta maior do preço final das carnes.
José Carlos de Souza Filho, professor da FIA Business School, cita a redução do preço da arroba do boi, que caiu de R$ 255 para R$ 235 entre janeiro e setembro, como determinante para a queda do preço da proteína nos primeiros meses de 2023. “No início do ano, a carne estava mais cara no mercado interno e externo, por pressões de custo e de demanda”, explica ele.
O primeiro aumento da proteína desde dezembro do ano passado contribuiu para a interrupção do ciclo de quatro deflações consecutivas dos alimentos, cujos preços voltaram a ficar mais salgados em outubro, com alta de 0,31% na análise de todos os produtos que compõem o grupo.