O sítio arqueológico foi relevado com a descida da água do Rio Solimões, perto da comunidade indígena Juruamã. Os artefatos arqueológicos são pedras, cerâmicas e outros objetos com desenhos históricos que surgiram em uma praia que se formou no leito do Rio. De acordo com moradores, há muito tempo, nesse local existia uma comunidade tradicional que desapareceu com o fenômeno das terras caídas. De acordo com comunicador, Francisco Fogaça, a história que os moradores antigos contam é que esses artefatos pertenceram aos antigos habitantes daquela região, formada sobretudo, por indígenas peruanos, que viveram na Amazônia, na época da colonização.
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN, a região onde foram encontrados os artefatos pode ser considerado um sítio arqueológico, preservados por lei. A arqueóloga, Cristiane Amarante explica que o local precisa ser preservado para que os vestígios positivos de ocupação humana não sejam perdidos.
O IPHAN ainda não catalogou os artefatos encontrados na comunidade indígena Juruamã, que fica na zona rural da cidade de Alvarães. O problema é que esse material só foi encontrado por causa da descida do Rio. Com a cheia iniciando, a tendência é que os artefatos desapareçam no leito do Rio e só voltam a ficar amostras novamente, quando o Rio Solimões registrar uma nova seca severa.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
Foto: Francisco Fogaça