9,3 milhões de mulheres estão a frente de negócios no Brasil, diz IBGE

A luta por igualdade social e espaço no mercado de trabalho ainda é um dos desafios da mulher. Um importante aliado é o empreendedorismo feminino. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo IBGE, mostram que cerca de 9,3 milhões de mulheres estão a frente de negócios no Brasil. A GEM – Global Entrepreneurship Monitor), principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, coloca o Brasil em sétimo lugar no ranking de proporção de mulheres à frente de empreendimentos iniciais. De acordo com a socióloga Valéria Marques, isso acontece em função das mulheres terem o poder de se reinventar frente as dificuldades.

A economista Karen Souza entrou no empreendedorismo há alguns anos, já teve loja de roupas, trabalhou com artesanato cartonado e agora empreende no ramo de artigos religiosos. Sua produção de terços personalizados é comercializada por meio das redes sociais e conta com a divulgação de amigos e familiares.  Para ela, nesse mercado é preciso fazer a diferença devido a concorrência.

Segundo pesquisa do Sebrae, 76% das mulheres empreendedoras  tem adesão a internet, redes sociais e aplicativos para comercializar produtos e serviços. O poder de fazer do limão uma limonada evidencia o potencial feminino de prosperar em tempos de dificuldades, como o da pandemia. De acordo com o especialista em empreendedorismo, Carlos Oshiro, as mulheres possuem várias qualidades que a tornam diferenciadas neste mercado, uma delas é a sensibilidade.

Empresárias e empoderadas podem influenciar e inspirar outras mulheres. Este é o caso da Deolinda Freitas, vice-presidente da AMARN – Associação Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro, de 71 anos, integrante da associação desde a sua fundação em 1987. A entidade reúne 30 artesãs que trabalham na produção de artesanatos indígenas. Produtos que são confeccionados coletivamente, por mulheres, onde o lucro é dividido de acordo com a produção de cada uma. Para a Deolinda a união faz a força e juntas elas quebram barreiras e o preconceito.

De acordo com Oshiro, especialista em empreendedorismo, a visão de futuro da mulher e sua habilidade para solucionar desafios a torna empreendedora de sucesso.

As mulheres empreendedoras, além de contribuírem para o crescimento da economia e geração de empregos ajudam a transformar as relações sociais.

 

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

Fotos: Amarn e Ateliê da Ka