A esporotricose é uma doença infectocontagiosa que pode afetar humanos ou animais, como cães e gatos. É causada por um fungo que pode ser encontrado naturalmente em solo, madeira e plantas
Os sintomas da doença iniciam com o aparecimento de feridas na pele, como vermelhidão semelhante às de picada de mosquito, e podem até afetar os pulmões, em casos mais graves, com o surgimento de tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre.
Somente de janeiro a novembro de 2022, o Amazonas registrou 230 casos da doença, desses, 225 são em Manaus, 3 em Iranduba, 1 em Presidente Figueiredo e 1 em Juruá. Entre os mais afetados pela esporotricose estão os gatos, que podem transmitir a doença para humanos por meio de arranhões ou mordidas, principalmente os que vivem na rua e entram em contato com solo e tronco de árvores contaminados.
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“Uma orientação importante é que esses gatos devem ser diagnosticados e tratados. Se esse gato doente foge, abandonando a casa para se isolar na área verde, a tendência dele é morrer sozinho. E quando ele morre, a carcaça se decompõe, mas o fungo permanece, infiltrando no solo e contaminando o ambiente”, destaca Deugles Cardoso, gerente de Zoonoses da FVS-RCP.
A principal medida de prevenção é evitar a exposição direta ao fungo. Em trabalhos que envolvam o manuseio de material proveniente de solo e plantas, a orientação é usar luvas e roupas de mangas longas e calçados.
O tratamento dos animais deve ser realizado após avaliação clínica com orientação e acompanhamento médico. Em Manaus, podem ser encaminhados ao centro de controle de zoonoses municipal, e os suspeitos de esporotricose humana podem ser encaminhados para a Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) ou Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham).
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar